domingo, 8 de julho de 2012

AS LIÇÕES DO SACRIFÍCIO

Vemos no Antigo Testamento Deus se alegrar com o sacrifício de animais. Isso, entretanto, não significa que Ele, o Criador dos céus e da Terra, é um Deus sanguinário e que se diverte vendo a morte das suas criaturas. O que acontece é que o sacrifício, mais do que qualquer outra coisa, tem os significados perfeitos da Sua natureza e da Sua vontade.

O Senhor nos dá três importantes lições por intermédio do sacrifício. A primeira é que devemos dar a Ele o que é mais importante, mais sagrado, e único que existe em uma criatura- a sua própria vida. A segunda, é que a vida Lhe pertence, portanto ao se matar um animal e oferecer a Ele, está-se oferecendo exatamente aquilo que é d’Ele, e do que Ele mesmo poderia dispor no momento em que desejasse. A terceira lição é que o sacrifício sempre redunda em benefício para outras pessoas. Os sacrifícios oferecidos no templo serviam também para alimentar os sacerdotes e o povo, além de produzirem o dinheiro necessário (da venda dos animais) para o suprimento do templo e manutenção do culto.


Essas lições ainda se aplicam em nossos dias. O sacrifício de animais cessou, mas o Senhor continua exigindo atitudes semelhantes e muito mais importantes de nós. Ele quer agora o nosso próprio sacrifício, não sangrento, mas muito mais significativo. Deseja a nossa vida por completo. O Senhor Jesus disse que aquele que não perdesse a vida por amor d’Ele não a salvaria: “Quem achar a sua vida perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim achála- á.” (Mateus 10.39).

Da mesma forma, Ele afirma que a nossa vida pertence a Ele e por isso mesmo deve ser moldada segundo a Sua vontade. Quem não vive de acordo com as Suas palavras pode se considerar morto:

“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.” Gálatas 2.19-20

Assim como na antiga aliança o sacrifico redundava em benefício para outras pessoas, nos dias atuais, em que a Igreja do Senhor Jesus celebra a nova aliança, o cristão coloca a sua vida e tudo o que possui a serviço do reino de Deus:

“Disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.” Mateus 4.19

“Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim.” Mateus 10.37

É esse o espírito do verdadeiro cristianismo. Por isso os religiosos não o aceitam. É mais fácil inventar jeitos de ser cristão ou praticar religião, do que viver de acordo com os ensinamentos do Senhor Jesus. Essa é a razão pela qual milhares e milhares de pessoas estão por aí “brincando de religião”, ou seja, sendo religiosas ao seu modo. Aí, vale tudo. É uma tremenda torre de Babel onde tudo se mistura e ninguém entende nada.

É claro que o diabo além de provocar essas coisas, logicamente se aproveita disso e tenta, inclusive, enganar o povo de Deus com o propósito de fazê-lo se desviar dos seus caminhos. É por essa razão que estão surgindo cada vez mais religiões, seitas, filosofias e práticas diabólicas, penetrando até dentro das igrejas evangélicas, iludindo muita gente bem intencionada.

O Senhor Jesus se sacrificou por nós e exige o sacrifício das nossas vidas, não para ficarmos “engordando” do poder de Deus, cantando para nós mesmos ou tendo sonhos coloridos com as mansões celestiais. Ele nos quer como sacrifícios vivos, santos e agradáveis a Deus.

E aí não tem lugar para crente frio, morno ou morto. Não cabe no cristianismo do Senhor Jesus quem não esteja realmente oferecido de corpo e alma a Ele e ao Seu serviço, nem tampouco quem pratique aquilo que não Lhe agrada, prestando a Ele um culto contrário à Sua Palavra.

“Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” (Romanos 12.1).




Autoria Bp. Edir Macedo





Fé+Revolta

Obreiro Wagner Juneo

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