Há muitas batalhas contínuas e desgastantes que os cristãos têm enfrentado sem necessidade.
É o caso, por exemplo, dos conflitos entre o ser espiritual e o ser carnal que há dentro de cada
convertido. Paulo confessa ter tido experiências amargas e profundas nessa luta íntima, conforme
está em Romanos 7.22,23: “Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus.
Mas vejo nos meus membros outra lei que batalha contra a lei do meu entendimento e me prende
debaixo da lei do pecado que está nos meus membros.”
Aos cristãos da Galácia, o mesmo diz: “a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a
carne, porque são opostos entre si...” (Gálatas 5.17). O que fazer então para manter um equilíbrio
espiritual e a fé inabalável? Ou como manter o nível espiritual à altura do caráter de Deus e a
vitória do homem interior sobre o exterior? Só existe um jeito: manter a velha natureza sepultada.
Quando Deus quis formar uma nação santa para trazer Seu Filho ao mundo, chamou Abraão
e fez aliança com ele. O sinal dessa aliança foi a circuncisão do seu prepúcio (Gênesis 17.11).
Quando libertou os filhos de Israel da escravidão egípcia, fê-los passar pelo meio do Mar Vermelho
e depois pelo Rio Jordão. Essas duas passagens simbolizavam o batismo nas águas, que mais
tarde João Batista viria realizar nos arrependidos. E o que tem a ver a circuncisão do prepúcio e
o batismo nas águas? A circuncisão do prepúcio era um sinal da aliança com Deus realizada pelo
próprio homem. Mais tarde, ela veio a ser efetuada no coração, mas pelo próprio Deus, por
ocasião do batismo nas águas por imersão. O efeito prático desse batismo significa a circuncisão
do coração (Romanos 2.29), ou seja, o despojamento do corpo da carne. Despojamento é o despir-
se do corpo da carne ou despir-se do corpo que atrai o pecado, também chamado de “homem
exterior”. Quando o batismo nas águas é validado pelo Espírito Santo, a pessoa recebe um novo
coração e a partir daquele momento a sua velha natureza ou velho homem, ou o homem exterior,
morre para o pecado e nasce uma nova criatura. É por isso que Paulo diz “...se alguém está em
Cristo, é nova criatura; as cousas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.”
(2 Coríntios 5.17).
O fato de muita gente batizada não tornar-se em nova criatura se deve em razão dela batizarse
com qualquer outro propósito, que não o de querer realmente nascer de novo. Ora, enquanto
ela não fizer morrer a sua velha natureza através do batismo, sempre haverá conflito entre o
homem interior e o homem exterior. E é exatamente isso o que mais o diabo quer! Quando o
convertido comete o pecado, a voz diabólica se faz mais forte e viva na mente dele. E o único
caminho a tomar nessa situação é, imediatamente, confessar ao Senhor Jesus os erros cometidos
e livrar-se deles definitivamente. Paulo conhecia o problema de perto e, dirigido pelo Espírito,
confortou os cristãos romanos dizendo: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que
estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado
e da morte” (Romanos 8.1,2).
Se o leitor se encontra desanimado na fé e pensa que está tudo perdido, tenha certeza: não
está! O Espírito Santo o tem conduzido à leitura dessa coluna justamente para reabilitá-lo, já. O
diabo tem trabalhado no sentido de estimular dúvidas, mas está escrito, e você pode usar isso
contra ele: “Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se
corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia” (2 Coríntios 4.16). Caso o
homem exterior que há em você tenha se corrompido, tenha bom ânimo, confesse a Deus os seus
pecados e vá em frente. Não olhe para trás, porque a sua vitória está na frente. Deus é contigo!
Deus o abençoe abundantemente!
Autoria Bp. Edir Macedo
FÉ+REVOLTA
Wagner Juneo
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