quinta-feira, 18 de agosto de 2011

18º DIA - JEJUM DE DANIEL

A
PAIXÃO PELAS ALMAS
        Todo servo de Deus nutre dentro de si o mesmo sentimento do seu Senhor. E qual sentimento
dirigia o nosso Senhor? Diz o texto sagrado: “Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo. ” (Mateus 4.23)
        O ministério do Senhor Jesus estava alicerçado em três pontos: ensino, pregação e manifestação
de poder em favor dos doentes. Este trabalho foi iniciado, imediatamente, após Ele ter sido
batizado nas águas, no Espírito Santo e no fogo do deserto. Quer dizer: tão logo fora preparado
pelo Espírito e aprovado, Ele partiu para os lugares mais ermos, escusos e escuros em busca das
almas perdidas.
        A coisa mais evidente no convertido é a sede de almas, isto é, o ardente desejo de dar aos outros
o mesmo que foi recebido de Deus. Todos os nascidos dEle, sem exceção, têm desejo de ganhar seu
semelhante para o Senhor Jesus! Essa é a primeira manifestação dos nascidos do Espírito. E tem
mais: somente estes ficam insatisfeitos, enquanto os demais não nascem do Espírito.
        A verdade é que muitos pregadores se dão por satisfeitos quando as pessoas aceitam Jesus
como Senhor e Salvador. Mas quem nasceu de novo sabe que isso não é suficiente. Há de existir
sincero arrependimento para que o Espírito Santo possa operar o novo nascimento. Enquanto
isso não acontece, a obra é apenas palha, ou seja, quando vem o calor das perseguições, ela se
queima e se dispersa tal qual as cinzas no vento.
        Paulo sentiu este problema e disse: “...meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós. ” (Gálatas 4.19)
        Antes, logo após sua conversão, seguiu o ímpeto da fé e foi em busca de almas. Como disse:
...ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela Sua graça, aprouve revelar Seu Filho em mim, para que eu O pregasse entre os gentios, sem detença, não consultei carne e sangue, nem subi a Jerusalém para os que já eram apóstolos antes de mim, mas parti para as regiões da Arábia…” (Gálatas 1.15-17)
        Este é o espírito dos que realmente nasceram de Deus. É impossível experimentar os prazeres
do mundo vindouro e se calar. O próprio Espírito Santo os impulsiona a repartir Seu gozo com os
demais.

        Paulo não ficou esperando nenhuma profecia pessoal, nenhuma visão ou preparo espiritual,
nem mesmo perguntou a alguém mais experiente se deveria ou não ir em busca dos gentios árabes.
Sem detença”, diz ele, “não consultei carne e sangue, nem subi a Jerusalém para fazer alguma
consulta aos demais apóstolos mais experientes… Simplesmente parti para as regiões da Arábia.”

        Quem o havia ordenado ou autorizado a ir pregar entre os gentios árabes? Ninguém, aparentemente! Mas, cheio do Espírito Santo, ele partiu seguindo a voz da fé sobrenatural, porque esta
é a voz de Deus.

        Posso me lembrar quantas vezes meus superiores espirituais me barraram para que eu não fosse pregar o Evangelho… E como temesse ser considerado rebelde, fiquei esperando, esperando, esperando… Provavelmente, estaria esperando até hoje, se não tivesse tomado a atitude de
seguir a voz da fé.

        Creio que muitos nascidos de Deus têm sido extremamente zelosos quanto à “obediência” a
seus respectivos líderes espirituais. Com isso, escondem seus talentos e, de uma certa forma,
cooperam com o reino das trevas. Mas, conforme disse Pedro: “mais importa obedecer à voz de Deus
do que a dos homens, ainda que estes sejam profundamente espirituais. ”
        A visão que temos recebido de Deus, quanto às almas, é a seguinte: o mundo é o campo de
guerra entre os filhos da Luz e os das trevas. Os da Luz têm recebido instrução e direção do
Espírito de Deus para resgatarem os que estão nas trevas; enquanto isso, os das trevas instruem
seus filhos a destruírem os da Luz. Somente quem se encontra permanentemente no altar está
em condições de ganhar esta guerra. Os que estão no átrio podem auxiliar os que se encontram
no altar.

        Quando o crente não é nascido do Espírito, seu coração é egoísta e não se preocupa com os
demais. Mas, quando é nascido da água e do Espírito, seu coração ferve de vontade de ganhar
almas para seu Senhor, pois entende que nasceu para salvar.
Deus abençoe todos abundantemente.

Autoria Bp. Edir Macedo


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