Ninguém
pode pretender conquistar um alvo qualquer na vida, sem que antes tenha
consciência de sua própria posição, e a partir dela tenha a visão geral e
detalhada daquilo que se quer alcançar. Desde o ponto de partida até o seu
objetivo final é necessário que se reúna o máximo de informações para não se
lançar em uma aventura.
O
Senhor Jesus ensinou isso da seguinte maneira: “Pois, qual de vós, pretendendo
construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e
verificar se tem os meios para a concluir? Para não suceder que, tendo lançado
os alicerces e não a podendo acabar, todos os que a virem zombem dele, dizendo:
Este homem começou a construir e não pôde acabar. Ou qual é o rei que, indo
para combater outro rei, não se assenta primeiro para calcular se com dez mil
homens poderá enfrentar o que vem contra ele com vinte mil? Caso contrário,
estando o outro ainda longe, envia-lhe uma embaixada, pedindo condições de paz.”
(Lucas 28.32).
Ao
contrário do que se pensa essa avaliação prévia não significa nenhuma falta de
fé, mas trata-se de um exame inteligente da posição atual da pessoa e do
objetivo que ela deseja alcançar. Uma atitude assim evita que se tomem decisões
motivadas por meras emoções ou sentimentos humanos, como tem acontecido nos
matrimônios, por exemplo, quando as pessoas se casam motivadas apenas pelos
sentimentos do coração e, no entanto, após um breve período de vida conjugal
acabam se separando. Ora, a grande virtude da fé verdadeira é justamente a
perseverança naquilo que se propõe a conquistar. Nesse aspecto, há que se estar
convicto dela e com os olhos fitos no objetivo.
Por
isso, aqueles que verdadeiramente estão vivendo pela fé sabem em quem têm crido
e não desanimam nunca. Pelo contrário, o objetivo final faz parte do seu ser
espiritual, e não dá descanso à sua alma enquanto não alcançá-lo! Quando há
falta de garra para manter-se na luta é porque o alvo a alcançar é apenas uma
aventura e não uma determinação, ou seja: a pessoa tenta para ver o que vai
dar. Se der certo, amém. Mas se não der... paciência! Assim sendo, fica
caracterizado que a fé em que se está sustentado não é sobrenatural, mas sim a
fé natural.
Apesar
do Senhor referir-se ao preço do discipulado, mesmo assim, devemos tomar esse ensinamento
e praticá-lo quanto a tudo o que diz respeito à vida pela fé, porque a fé
sobrenatural dá uma visão geral daquilo que é invisível. Muitos, no afã de
obterem conquistas rápidas e movidas pelo entusiasmo, se lançaram de corpo e
alma, mas acabaram desconsolados e desanimados na fé.
A
necessidade de conhecer a própria situação, saber qual é a posição atual, e
onde se deseja chegar, é fundamental para toda e qualquer conquista. A pessoa
que deseja conquistar tudo pela fé tem que ter consciência de estar vivendo na
fé, com fé e pela fé sobrenatural na Palavra de Deus; do contrário, qualquer
atitude que ela tomar sem essa qualidade de fé vai resultar em fracasso.
O
grande erro de muitos pastores é enfatizar as maravilhosas promessas de Deus e
omitir as condições que as mesmas requerem. Assim, a igreja torna-se flutuante,
isto é, gente que vem, gente que vai, e na quantidade de gente há pouca
qualidade de convertidos. Muita quantidade, mas pouca qualidade.
Dentre
aqueles que são convencidos, e não convertidos, a preocupação constante é uma
só: conquistar bens materiais pela fé, e por que a sua fé não está alicerçada
na Rocha, todo e qualquer “ventinho” é capaz de levá-los ao chão. Por isso, é
absolutamente necessário que cada membro da igreja cristã examine-se a si mesmo
a fim de avaliar se a sua própria posição ou a sua fé satisfaz plenamente as
condições exigidas pela Palavra de Deus.
Autoria Bp. Edir Macedo
Fé+Revolta
Obreiro Wagner Juneo
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